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Entenda os impactos dos transtornos alimentares no curto e longo prazo

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Os transtornos alimentares são condições graves que podem levar a sérias consequências para a saúde do paciente. E o atual cenário mundial levou a uma maior preocupação com esses transtornos. Pois, a pandemia do novo coronavírus levou ao agravamento de distúrbios psicológicos nos últimos anos, incluindo os transtornos alimentares.

De acordo com o Ministério da Saúde, a mudança brusca na rotina e o estresse diante da pandemia, levou ao aumento de casos e piora de transtornos como anorexia e compulsão alimentar. Hoje, segundo a National Institute Mental Health, os transtornos alimentares mais comuns são anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar periódica. Além disso, aparecem com mais frequência durante a adolescência e no início da fase adulta, período de muitas mudanças no corpo e busca de identificação.

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Impactos dos transtornos alimentares no curto prazo

Os transtornos alimentares afetam a saúde física e mental de uma pessoa. A curto prazo, eles já têm consequências ruins para o corpo. Cada tipo de transtorno pode ter um impacto específico, mas falaremos aqui de alguns exemplos.

Consequências da anorexia no curto prazo:

No caso da anorexia, que envolve a restrição da ingestão de alimentos, o corpo pode entrar em modo de sobrevivência, retardando funções importantes do corpo para conservar energia. Os impactos a curto prazo podem ser:

  •        Fadiga e desmaio;
  •        Frequência cardíaca lenta;
  •        Pressão sanguínea baixa;
  •        Perda muscular e fraqueza;
  •        Desidratação;
  •        Dificuldade de concentração.

Consequências da bulimia no curto prazo:

Já no caso da bulimia, que envolve um ciclo de compulsão e indução de vômitos, os impactos no corpo a curto prazo geralmente são:

  •        Desidratação;
  •        Desequilíbrios eletrolíticos;
  •        Desconforto e irritação intestinal;
  •        Dor de estômago e inchaço;
  •        Náusea e vômito.

Consequências da compulsão alimentar no curto prazo:

Na compulsão alimentar, o paciente tem episódios em que come em excesso, muito rápido e, às vezes, escondido, mesmo sem apetite. Os impactos a curto prazo podem ser:

  •        Enjoo;
  •        Ganho de peso;
  •        Náusea;
  •        Inchaço;
  •        Sensação de tristeza e remorso.

Impactos dos transtornos alimentares no longo prazo

Segundo a The Eating Disorders Foundation, os transtornos alimentares são condições complicadas, devastadoras e às vezes fatais que podem ter sérias implicações na saúde de alguém. Isto é, a longo prazo, distúrbios alimentares são muito perigosos. Por isso, o correto e precoce diagnóstico faz toda a diferença para combater estes transtornos com tratamento e acompanhamento profissional.

Consequências da anorexia a longo prazo:

  •        Insuficiência cardíaca;
  •        Osteoporose;
  •        Problemas renais;
  •        Queda de cabelo;
  •        Anemia;
  •        Amenorréia (perda de menstruação em mulheres);
  •        Complicações na gravidez.

A Organização Mundial da Saúde ainda afirma que a anorexia nervosa pode levar à morte prematura, muitas vezes devido a complicações médicas ou suicídio, e tem uma mortalidade mais alta do que qualquer outro transtorno mental.

Consequências da bulimia a longo prazo:

  •        Arritmia cardíaca;
  •        Insuficiência cardíaca;
  •        Cárie dentária;
  •        Refluxo ácido;
  •        Inflamação e ruptura do esôfago.

Consequências da compulsão alimentar a longo prazo:

  •        Pressão alta;
  •        Colesterol alto;
  •        Doença cardiovascular;
  •        Diabetes;
  •        Doença do fígado e da vesícula biliar;
  •        Apneia do sono e problemas respiratórios.

Além destes impactos, não podemos deixar de falar do impacto emocional e social que os transtornos alimentares podem gerar. Pois, eles envolvem sentimentos de culpa e ansiedade principalmente, e pode afetar relações e situações sociais.

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Diagnóstico e tratamento

Do ponto de vista médico, é necessário manter-se alerta na avaliação psicológica com base em sinais, sintomas e hábitos alimentares do paciente. Em geral, se há suspeita de transtornos alimentares, o médico pede exames que ajudem a determinar o diagnóstico.

O tratamento de transtornos alimentares é sempre multidisciplinar e envolve profissionais como médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista. Mas, se o paciente já tiver efeitos a longo prazo, pode ser necessário o envolvimento de mais especialistas.

Gostou desse artigo e acredita que medicina é para você? Entenda como é a especialização em psiquiatria, área essencial no diagnóstico e tratamento de transtornos alimentares.