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Uma Missão Transformadora em Moçambique com a Dra. Catarina Amorim

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Nas entrelinhas da vida, existem experiências que transcendem fronteiras e tocam o âmago da humanidade. É com grande entusiasmo que temos a oportunidade de ouvir a inspiradora jornada da Dra. Catarina Amorim que foi convidada pela Dra. Marcela Damásio, coordenadora da ação da Sociedade Brasileira de Pediatria, para participar de uma missão humanitária em Moçambique. Essa missão representa uma colaboração entre a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Agência Brasileira de Cooperação e o Ministério da Saúde de Moçambique. País que tem apresentado uma redução importante da mortalidade infantil nos últimos anos (TMI 22/23: 39/1000 nascidos vivos, segundo relatório Unicef).

Ao longo desta entrevista, exploraremos os bastidores dessa experiência transformadora, desde o convite especial até os desafios enfrentados durante os treinamentos em reanimação neonatal e cuidados com recém-nascidos de risco em três cidades moçambicanas. A história da Dra. Catarina Amorim revela não apenas as lacunas na infraestrutura de saúde em Moçambique, mas também a resiliência de um povo acolhedor e a capacidade de fazer a diferença, mesmo em meio a adversidades

Catarina como foi o convite para participar deste programa em Moçambique?

“Fui convidada pela Dra. Marcela Damásio, coordenadora da ação da Sociedade Brasileira de Pediatria. A missão é uma cooperação da Sociedade Brasileira de Pediatria, da Agência Brasileira de Cooperação e do Ministério da Saúde de Moçambique. A Dra. Marcela pessoalmente fez a seleção dos participantes, que são todos instrutores do Programa de Reanimação Neonatal. A escolha foi baseada em méritos e na compatibilidade da personalidade com a missão.”

Pode nos contar sobre a viagem e as cidades visitadas durante este período?

“Viajei no dia 02/11 para Moçambique, passando por 3 cidades: Nampula, Beira e Maputo. Durante as duas semanas, foram realizados treinamentos em reanimação neonatal e transporte do recém-nascido de risco nas três cidades.”

 

Além dos treinamentos, houveram outras atividades durante a missão?

“Sim, além dos treinamentos, foram formados instrutores que farão parte do futuro do Programa de Reanimação Neonatal moçambicano. Também realizamos um seminário de cuidados com o bebê prematuro.”

Quais foram os desafios enfrentados na África?

“Os desafios foram inúmeros. A saúde ainda é precária em muitos pontos, faltam médicos e profissionais de saúde, além de insumos essenciais. A realidade é bem diferente da nossa no Brasil.”

Como você descreveria a experiência como um todo?

“A experiência foi maravilhosa! A troca de energia com os profissionais de saúde e a população moçambicana trouxeram uma alegria sem tamanho. Sentir que podemos fazer a diferença, ver os olhos brilhando e cheios de ideias é gratificante.”

Quais são suas reflexões após participar dessa missão?

“Tenho a certeza de que a semente que foi plantada dará uma árvore frondosa e com muitos frutos. Escrevo com lágrimas de saudades nos olhos e já com esperanças de participar de mais missões como essa no futuro. A famosa música "valeu a pena" nunca fez tanto sentido.”