Repositório Institucional - TCC
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DOS QUESTIONÁRIOS PHQ-2 EPHQ-9 PARA A TRIAGEM DE DEPRESSÃO MAIOR NA POPULAÇÃO




O Transtorno Depressivo Maior tem se mostrado uma entidade com importantes incidência e prevalência na atualidade. Estima-se que uma a cada oito pessoas no mundo sofre deste mal e que o mesmo caminha progressivamente para tornar-se a segunda causa mais comum de incapacidade na população mundial em 2020. Uma importante parcela desses pacientes procura a atenção primária em saúde como primeiro auxílio. Estima-se que cerca de 10% das consultas a nível ambulatorial estão relacionadas a sintomas depressivos e que a proporção de pacientes com Depressão Maior tratados pelo clinico é exatamente igual à do psiquiatra, fato que reforça a necessidade do profissional da clinica medica estar adequadamente capacitado para orientar cada caso. Sabe-se que esse transtorno vem sendo sucessivamente sub-reconhecido e sub- diagnosticado em virtude da existência de alguns fatores determinantes para dificultar a sua concretização, como características do paciente, fatores profissionais e fatores do provedor da saúde. Diante de tais evidencias, foram instaurados alguns métodos para simplificar atriagem do Transtorno Depressivo Maior. O PHQ-9 é um destes artifícios, sendo composto por nove itens, em que os dois primeiros (falta de prazer ao realizar as atividades habituais e humor deprimido) delimitam a versão simplificada desse questionário: o PHQ-2. O presente trabalho se propõe a avaliar a eficácia desses questionários para a triagem de Depressão Maior através de uma observação dos resultados obtidos em diversos estudos que utilizaram esses questionários em distintos pacientes com idades variadas, inseridos em diferentes setores da prática médica.
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENTRE IDOSOS EM UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL




Introdução: Interações medicamentosas são situações em que os efeitos de um fármaco se modificam, ou ocorre o surgimento de um novo efeito, em decorrência da presença de outro fármaco, algum alimento, bebida ou agente químico ambiental. Essas reações são consideradas um problema de saúde pública, sendo responsáveis por 5% das admissões hospitalares e um custo médio aproximado de US$ 16.000 por internação em países desenvolvidos. Os idosos são grandes consumidores de medicamentos, e em razão disso, são mais vulneráveis à ocorrência de potenciais interações medicamentosas. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de potenciais interações medicamentosas e os fatores a elas associados entre idosos no município de Timóteo, MG. Métodos: Estudo de nível epidemiológico, seccional. Foram realizadas 273 entrevistas domiciliares, em indivíduos com mais de 60 anos de idade, por meio de formulário que continha perguntas de identificação, sociodemográficas e questões relacionadas às condições de saúde do idoso e o consumo de medicamentos (identificação das substâncias, automedicação, uso inadequado de medicamentos conforme a posologia recomendada). Resultados: A prevalência global de potenciais interações medicamentosas foi de 55,6%, perfazendo um total de 466 ocorrências, das quais 5,6% eram leves, 81,6% moderadas e 12,8% de maior gravidade. As classes terapêuticas mais frequentemente envolvidas foram anti-inflamatórios, psicofármacos e, principalmente, fármacos utilizados em doenças cardiovasculares. Não foram encontrados fatores associados a potenciais interações medicamentosas leves, moderadas e graves dentre os estudados (fatores socioeconômicos, condições de saúde e uso de medicamentos). Conclusão: A prevalência de potenciais interações medicamentosas encontrada foi semelhante à descrita na literatura, demonstrando a alta frequência desse fenômeno, principalmente entre idosos. Não foram encontrados fatores associados às potenciais interações medicamentosas.
EVIDÊNCIAS ATUAIS DO PAPEL DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO E ANSIEDADE – REVISÃO DE LITERATURA




Objetivo: Os transtornos depressivos e ansiosos representam um importante problema de saúde pública e há um grande interesse em intervenções complementares, uma vez que nem todos os pacientes apresentam remissão total com o tratamento farmacológico. Cada vez mais o exercício físico tem sido apontado como adjuvante no tratamento desses transtornos. O objetivo do artigo é avaliar, através da revisão dos dados disponíveis na literatura médica atual, o papel do exercício físico regular no tratamento dos transtornos depressivos e ansiosos. Fonte dos dados: Revisão integrativa de artigos consultados nas bases de dados PubMed/MedLine, SciELO e artigos relacionados. Foram usadas na pesquisa as expressões “depressão e exercício físico”, “ansiedade e exercício físico”, “depression physical exercise”, “depression aerobic exercise,” “anxiety physical exercise” e “anxiety aerobic exercise”. Artigos publicados no período de 2007 a 2012, nos idiomas português, inglês e espanhol e que se enquadravam nos objetivos propostos após a leitura dos resumos foram incluídos. Os artigos com falta de informações em relação à saúde mental e sem acesso ao conteúdo completo foram excluídos. Síntese dos dados: Os artigos avaliados apontam para benefícios do exercício em relação tanto à depressão e ansiedade, mas a maioria não apresenta diferenças significativas entre os grupos estudados. Os mecanismos responsáveis pelos efeitos dos exercícios são mencionados como hipóteses e não há consenso quanto às diferenças de modalidades específicas de exercício adequadas para os pacientes acometidos por esses transtornos. Conclusões: A maioria dos estudos apresenta resultados positivos dos exercícios como intervenção adjuvante no tratamento dos transtornos depressivos e ansiosos. No entanto, apresentam deficiências metodológicas e instrumentos subjetivos de avaliação. São necessárias pesquisas futuras com métodos mais abrangentes, investigação dos mecanismos responsáveis pelos efeitos do exercício e fornecimento de informações em relação ao tipo, duração e intensidade ideais para a prática da atividade, para que esta possa ser incluída na prescrição para atingir um tratamento correto e satisfatório para os pacientes.